[:pb]Como seria a Web com inovações de gênero?[:en]The Web of Gendered Innovations[:]
[:pb]Em 2016, tivemos no Brasil a 8a edição da Conferência Web.br, um evento promovido pelo escritório brasileiro do World Wide Web Consortium (W3C Brasil) e realizado pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Sob a temática Internet das Coisas na Web (IoTw), o evento reuniu mais de 400 pessoas em debates sobre as tendências e boas práticas de desenvolvimento Web.
Meu keynote teve como principal objetivo mostrar que a Internet e a Web, tão importantes na nossa vida, na Economia Digital, verdadeiros bens públicos, estão cheias de distorções.
"Nós temos viés, dados têm viés, a Web tem viés, inclusive de Gênero", diz @claudia_melo #Webbr2016 Acompanhe: https://t.co/vgZqIG4mBA pic.twitter.com/hVXJmYJm0V
— W3C – Chapter São Paulo (@w3csp) October 14, 2016
Distorções (ou Viés) de Gênero, no mundo real e online
Essas distorções, também chamadas de viés (bias), são nossa tendência ou propensão desvirtuada ou preconceituosa de observar ou de agir. Isso nasce de dentro de nós, no mundo real, e passa a fazer parte do mundo digital, no nosso dia-a-dia de uso e criação de novas informações na grande rede.
Contei histórias de como essas distorções instalam-se vagarosamente, desde a infância, consolidando-se nas nossas vidas e na sociedade. Não trata-se “somente” de comportamentos, mas de tudo que deriva das nossas crenças: ideias, palavras, produtos, serviços, sistemas!
Um dos tipos de distorção é o viés de gênero.
Há bastante a ser feito para diminuirmos o imenso viés de gênero no mundo real e digital. Há muita discussão hoje sobre a desigualdade de gênero e como isso prejudica o equilíbrio no mundo.
Como sair das discussões e criar soluções reais e digitais?
Sem dúvida, a educação, desde a formação de princípios éticos até o auto-conhecimento, é chave. É assim que desenvolve-se seres humanos integrais. É um trabalho de vida e inter-gerações.
Gendered innovations (Inovações de Gênero) são uma iniciativa recente e de larga escala para consertar o conhecimento na sociedade, do ponto de vista de sexo e gênero.
Consertando o conhecimento, podemos eliminar muitas distorções e criar soluções inovadoras de fato úteis para a sociedade, hoje tão polarizada no ideal masculino.
A União Européia, o governo americano e grandes universidades do mundo, como a Stanford, estão investindo na área.
Como seria a Web de inovações de gênero?
Uma Web com menos viés de linguagem, mídia (imagens, vídeos, audio) e comportamento.
Uma Web (re-)desenhada buscando equilíbrio entre o feminino e o masculino, cheia de inovações.
Entrevista
Entrevista ao blog Faça Você Mesma, no Link Estadão.
Apresentação
http://www.slideshare.net/hotpop/the-web-of-gendered-innovations
Vídeo
[:en]My keynote presentation about The Web of Gendered Innovations. at Web.br 2016, an event organized by W3C Brazil and Nic.Br.
I introduced and discussed, through a sequence of stories, how technology shapes society and society shapes technology, even before the Internet.
In the Digital Era, our web technologies increases the biases we already have. It’s our choice what technologies we want to build and which society we want to shape.
Get more informations accessing the available slide deck, in English.
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